Sermão de C.H Spurgeon Imutabilidade de Deus

"Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos." - Malaquias 3:6
Já foi dito por alguém que "o estudo exato da natureza humana é o próprio homem". Não me oponho a essa idéia, mas creio ser igualmente verdadeiro que o estudo correto dos eleitos de Deus é o próprio Deus; o estudo correto para o cristão é a Deidade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que pode prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a Pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem ele chama Pai. Nada é melhor para o desenvolvimento da mente do que a contemplação da Deidade. É um assunto tão vasto que todos os nossos pensamentos se desvanecem na sua imensidão, tão profundo que nosso orgulho desaparece na sua infinitude. Podemos compreender e aprender muitos outros temas, sentindo por eles uma certa satisfação pessoal e enquanto seguimos nosso caminho pensando de nós mesmos: "Olhe, sou um sábio". Mas, quando chegamos a esta ciência superior, descobrindo que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e os nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos afastamos deste pensamento, que o homem vaidoso pode ser sábio, porém na verdade não passa de um jumento selvagem; exclamando solenemente: "Nasci ontem e nada sei".
* Mensagem pregada por C. H. Spurgeon, sob o título “A Imutabilidade de Deus”, na manhã do dia 7 de janeiro de1855 na New Park Street Chapel, Southwark, Londres, quando Spurgeon ainda estava com 20 anos.
Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente do que os pensamentos sobre Deus. Seremos obrigados a sentir-
"Grande Deus, quão infinito és Tu, Quão desprezíveis vermes somos nós!"
Contudo, ao mesmo tempo em que este assunto humilha a mente, ele também a expande. Aquele que pensa com freqüência em Deus, terá a mente mais aberta do que alguém que apenas caminha penosamente por este diminuto globo. Ele pode ser um naturalista, orgulhando-se de sua habilidade em dissecar um besouro, estudar uma mosca ou classificar insetos e animais em categorias com nomes difíceis; ele pode ser um paleontólogo, capaz de discursar sobre dinossauros e todos os tipos de animais extintos; pode ainda imaginar que sua ciência, seja qual for, enobrece e expande sua mente. Acho provável que isso aconteça, mas acima de tudo, o mais excelente estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo, e Este crucificado (1 Cor. 2:2) como também o conhecimento da Deidade na gloriosa Trindade. Nada alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem do que a investigação dedicada, sincera e contínua do grande tema da Deidade. Ao mesmo tempo em que humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador. Na contemplação de Cristo há consolo para todas as tristezas; na meditação sobre o Pai há descanso para toda dor; na influência do Espírito Santo alívio para todas as mágoas. Você quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se de seus cuidados?
Então, vá, atire-se no mais profundo mar da Deidade de
Deus; absorva-se na sua imensidão e sairá dele como que descansado no sofá, tendo se refrescado e revigorado. Não conheço coisa que mais possa confortar a alma, acalmar as ondas da tristeza e da mágoa, pacificar os ventos da provação do que uma meditação piedosa a respeito da Deidade. E para esse assunto que chamo a atenção de todos nesta manhã. Apresentarei a vocês uma visão disso - o que é a imutabilidade do glorioso Jeová. "Eu sou", diz o texto, "Jeová" (assim é que deveria ser traduzido), "Eu sou Jeová, eu não mudo, por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos".
Há três coisas que quero salientar nesta manhã. Em primeiro lugar, um Deus imutável; em segundo lugar, as pessoas que deste atributo glorioso derivam algum benefício, "os filhos de Jacó" e em terceiro lugar, o benefício que eles recebem, "não são consumidos". Examinaremos esses três pontos.
I. Em primeiro lugar meditaremos na doutrina da
IMUTABILIDADE DE DEUS. "Eu sou o Senhor, eu não mudo". Aqui eu tentarei expor, ou ainda expandir o pensamento e depois trarei alguns argumentos para provar sua veracidade.
1. Oferecerei uma exposição desse texto, dizendo primeiro, que Deus é Jeová e Ele não muda em Sua essência. Não somos capazes de lhes dizer o que a Deidade é. Não sabemos qual é a substância dAquele que chamamos Deus. É uma existência, é um ser; mas o que Ele é, nós não sabemos. Entretanto, seja o que for, chamamos isso de Sua essência e essa essência nunca muda. A substância das coisas mortais sempre muda. As montanhas com seus topos brancos de neve perdem seus velhos diademas no verão em rios que correm ao pé delas, enquanto nuvens de tempestade os coroam; o oceano, com suas poderosas marés, perde sua água quando os raios de sol beijam as ondas e as arrebata em evaporação para o céu; até mesmo o sol necessita de combustível novo da mão do infinito Todo-poderoso para encher o seu eterno forno ardente. Todas as criaturas mudam. O homem, especialmente em seu corpo, está sempre sofrendo revolução. Muito provavelmente, não existe uma única partícula em meu corpo que esteve nele alguns anos atrás. Este corpo tem sido gasto pela atividade, seus átomos têm sido removidos através de fricção, partículas novas de matéria têm, nesse ínterim, constantemente se acumulado em meu corpo, e assim tem sido reabastecido; mas sua substância é alterada. O material do qual este mundo é feito está em decadência; como um fluxo de água, as gotas estão caindo e outras vindo atrás, ainda que mantendo o rio cheio, porém sempre mudando os seus elementos. Contudo, Deus é perpetuamente o mesmo. Ele não é composto de qualquer substância ou matéria, mas é espírito - puro, essencial e etéreo espírito - e por isso é imutável. Ele permanece para sempre o mesmo. Não há nenhuma ruga em Sua eterna testa. Nenhuma época O paralisou; nenhum ano O marcou com recordações passageiras; Ele vê as eras passarem, mas com Ele está sempre o agora. Ele é o grande Eu sou - o Grande Imutável. Lembre-se, a essência dEle não sofreu nenhuma mudança quando se tornou unido com a natureza humana. Quando Cristo outrora cingiu-Se com barro mortal, a essência da deidade dEle não foi mudada; a carne não se tornou Deus, nem Deus Se tornou carne por uma mudança real de natureza; as duas naturezas estavam unidas numa união hipostática, entretanto a Deidade ainda era a mesma. Era a mesma quando Ele era um bebê na manjedoura, como quando Ele estendeu as cortinas do céu; era o mesmo Deus que foi pregado na cruz e cujo sangue fluiu abaixo num rio escarlate, o mesmo Deus que sustenta o mundo com Seus eternos ombros e mantém em Suas mãos as chaves da morte e do inferno. Ele nunca mudou na Sua essência, nem mesmo pela Sua encarnação; Ele permanece sempiterno, eternamente, o único Deus imutável, o Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação (Tiago 1:18).
2. Ele não muda em Seus atributos. Qualquer um dos atributos de Deus era no passado, como é agora; e de cada um deles podemos cantar: "Como eras no início, és agora, e sempre serás, mundo sem fim, Amém". Acaso Ele era poderoso? Ele era o Deus poderoso quando chamou o mundo para fora do útero da não existência? Era Ele o Onipotente quando empilhou as montanhas e cavou a terra oca para formar os leitos dos rios? Sim, Ele era então poderoso e o braço dEle é agora único, Ele é o mesmo gigante em Seu poder; a seiva da nutrição dEle é interminável e a força da Sua personalidade é a mesma para sempre. Porventura Ele era sábio quando constituiu este globo poderoso, quando estabeleceu as fundações do universo? Tinha Ele sabedoria quando planejou os meios da nossa salvação e quando desde toda eternidade estabeleceu Seu grandioso plano? Sim, Ele é sábio agora; não é menos hábil, Ele não tem menos conhecimento; os olhos dEle que vêem todas as coisas não estão embaçados; Seus ouvidos ouvem todos os gritos, suspiros, choros e gemidos do Seu povo, não estão tapados para suas orações. Ele é o mesmo em Sua sabedoria, Ele sabe agora tanto quanto antes, nem mais nem menos; Ele tem a mesma capacidade ilimitada e a mesma presciência infinita. Ele permanece inalterado, bendito seja o nome dEle na Sua justiça. Justo e santo Ele era no passado; justo e santo Ele é agora. Ele está inalterado na Sua verdade; Ele promete e Ele realiza; Ele disse isso e isso será feito. Ele não varia na bondade, generosidade e benevolência da Sua natureza. Ele não Se tornou num tirano todo-poderoso, ao passo que era uma vez um Pai todo-poderoso; mas Seu forte amor permanece como uma rocha, impassível pelos furacões da nossa iniqüidade. E bendito seja o Seu precioso nome, Ele nunca mudou no Seu amor. No princípio, quando Ele firmou a aliança, quão cheio estava Seu coração de afeto pelo Seu povo. Ele sabia que o Seu Filho teria que morrer para ratificar os artigos daquele acordo. Ele sabia muito bem que tinha de dar o Seu melhor pelos amados de Suas entranhas e o enviou à terra para derramar Seu sangue e morrer. Ele não vacilou em ratificar aquela poderosa aliança, nem evitou seu cumprimento. Ele ama hoje tanto quanto no passado e quando o sol deixar de brilhar e a lua de mostrar sua tênue luz, Ele ainda amará e para sempre e sempre. Tome qualquer atributo de Deus e eu escreverei a respeito dele sempre idem (sempre o mesmo). Diga qualquer coisa que puder de Deus e isso pode ser dito num passado escuro como também num futuro luminoso e sempre permanecerá o mesmo: "Eu sou Jeová, eu não mudo".
3. E então, novamente, Deus não muda em Seus planos.
Aquele homem começou a construir, mas não foi capaz de terminar e então mudou de plano como qualquer homem sábio faria nesse caso; ele construiu num alicerce menor e começou novamente. Contudo, teria dito sobre Deus que Ele começou a construir e não pôde terminar? Não. Quando Ele tinha recursos ilimitados ao Seu comando, quando Sua própria destra pôde criar os mundos tão numerosos quanto as gotas de orvalho matutino, teria sido necessário .para Ele Se deter a fim de recobrar forças? Inverteria, ou alteraria, ou modificaria Seu plano porque não poderia levá-lo a cabo? "Mas", dizem alguns, "talvez Deus nunca tivesse um plano". Então, o senhor pensa que Deus é mais tolo que você? Você trabalharia sem um plano? "Não", diria você, "eu sempre tenho um esquema". Deus também tem. Qualquer homem tem seus planos e Deus tem um plano também. Deus é um Arquiteto todo-sábio ; Ele organizou tudo em Seu imenso intelecto bem antes de realizá-lo; e tendo estabelecido de uma vez por todas, tenha certeza, Ele nunca alterará isso. "Isso será feito", diz Ele, e a mão forte do destino marca isso e o faz cumprir. "Este é o Meu propósito" e isto posto, nem terra ou inferno podem alterá-lo. "Este é o Meu decreto", diz Ele, promulgue-o anjos; sejam expulsos das portas do céu os demônios, mas vocês não podem alterar o decreto; ele será cumprido. Deus não alterou Seus planos; por que faria isso? Ele é todo-poderoso e por conseguinte pode executar tudo, segundo o Seu prazer. Por que faria isso? Ele é o onisciente, e, dessa forma, não poderia ter planejado erradamente. Por que faria isso? Ele é o Deus sempiterno e, sendo assim, não pode morrer antes que Seu plano seja realizado. Por que Ele deveria mudar? Vocês, átomos desprezíveis de existência, efêmeros do dia! Rastejantes insetos nesse jardim da existência! Vocês podem mudar seus planos, porém Ele nunca muda, nunca muda o Seu plano. Ele teria dito que Seu plano é me salvar? Se for assim, estou seguro.
Meu nome das palmas das Suas mãos
A eternidade não apagará; Impresso permanece em Seu coração, Em marcas de indelével graça.
4. Novamente, Deus é imutável em Suas promessas. O como amamos falar das doces promessas de Deus; porém se pudéssemos apenas supor que alguma delas poderia ser mudada, não falaríamos mais nada sobre elas. Se eu pensasse que o dinheiro do Banco da Inglaterra não poderia ser trocado na semana que vem, eu recusaria aceitá-lo; se eu pensasse que as promessas de Deus pudessem nunca ser cumpridas - se eu pensasse que Deus acharia correto alterar alguma palavra em Suas promessas -adeus Escrituras! Eu quero as coisas imutáveis e descubro que tenho promessas imutáveis quando me volto para a Bíblia: pois, "por duas coisas imutáveis nas quais é impossível que Deus minta...", Ele assinou, confirmou e selou cada promessa Sua. O evangelho não é "sim e não", não está prometendo hoje e negando amanhã; mas o evangelho é "sim, sim" para a glória de Deus. Cristão! havia uma preciosa promessa que você tinha ontem e nesta manhã quando você abriu a Bíblia a promessa não era doce. Você sabe por quê? Você pensa que a promessa teve mudança? Ah, não! Você mudou; essa é a razão. Você tinha comido algumas das uvas de Sodoma e sua boca ficou sem gosto e não pôde descobrir sua doçura. Mas havia lá o mesmo mel, tenha certeza disso, a mesma preciosidade. "O", diz um filho de Deus, "No passado eu construí minha casa firmemente em algumas promessas estáveis; então veio um vento e eu disse: ó Senhor, estou abatido e ficarei perdido." Ora, as promessas não falharam; as fundações não foram removidas; o problema foi aquela pequena casa de "madeira, palha e restolho" que você construiu. Foi essa que caiu. Você foi abalado sobre a rocha, não a rocha debaixo de você. Mas deixe-me lhe falar qual é a melhor maneira de se viver no mundo. Eu ouvi que um granfino disse a um negro, "eu não posso entender como é que você está sempre tão contente no Senhor e eu estou freqüentemente abatido". "Ora, senhor", disse ele, "eu me lanço prostrado na promessa - lá eu descanso; você permanece de pé na promessa - você tem muito pouco a fazer com ela e cai quando sopra o vento e então clama, "O, eu caí", ao passo que logo me lanço prostrado na promessa, por isso que não tenho medo de cair." Então, vamos sempre dizer: "Senhor, existe a promessa e é Tua responsabilidade cumprila". Eu me prostro na segurança da promessa! Não fico de pé. Esse é o lugar onde você deve ir - prostrado sobre a promessa; lembre-se, cada promessa é uma rocha, uma coisa imutável. Então, prostre-se aos Seus pés e descanse aí para sempre.
5. Mas agora vem uma coisa chocante para deteriorar este assunto. Para alguns de vocês Deus é imutável em Suas ameaças. Se toda promessa for firme, e todo juramento da aliança for cumprido, preste atenção pecador - observe esta palavra - veja a morte de suas esperanças carnais; veja o enterro de sua confiança carnal. Cada ameaça de Deus, bem como cada promessa, será cumprida. Com respeito a decretos - eu lhe falarei de um decreto: "Quem não crê será condenado" (Mar. 16:16). Isso é um decreto e um estatuto que nunca pode mudar. Seja tão bom como quiser, seja tão moral quanto puder, seja tão honesto quanto quiser, caminhe tão corretamente quanto puder - existe uma ameaça inalterável: "Quem não crê será condenado". O que você diz sobre isso, moralista? Oh, você desejaria mudar isso, e dizer: "Quem não vive uma vida santa será condenado" (Mar. 16:16). Isso seria verdade; mas não diz isso. Diz: "Quem não crê...". Aqui está a pedra de tropeço e a rocha de escândalo; porém você não pode alterar isso. Você precisa crer ou será condenado, diz a Bíblia; e veja, essa ameaça divina é inalterável tanto como o próprio Deus. E quando mil anos de tormentos no inferno tiverem passado, você olhará para cima e verá escrito em letras ardentes de fogo, "Quem não crê será condenado". "Mas Senhor, eu estou condenado." Não obstante as Escrituras ainda dizem "será condenado". E quando um milhão de anos tiverem passado e você estiver exausto por suas dores e agonias, você olhará para cima e ainda lerá "SERÁ CONDENADO", inalterado, imutável. E mesmo que pense que a eternidade deu sua derradeira volta - que cada segundo do que chamamos eternidade já passou, você ainda verá escrito lá "SERÁ CONDENADO". Que pensamento terrível! Como ouso eu falar assim? Mas eu devo. Vocês devem ser advertidos, senhores, "a fim de que não venham também para este lugar de tormento" (Luc. 16:28). Eu devo anunciar coisas ásperas; pois se o evangelho de Deus não é uma coisa áspera, pelo menos a lei é; o Monte Sinai é uma coisa áspera. Ai do vigia que não adverte os ímpios. Deus é imutável nas Suas ameaças. Cuidado pecador, pois "horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Heb. 10:31). 6. Temos que indicar ainda mais um pensamento antes de prosseguirmos, e é este - Deus é imutável nos objetos do Seu amor - não apenas em Seu amor, mas também nos objetos dele.
Se pudesse acontecer, Que uma ovelha de Cristo caísse da graça, Minha pobre alma inconstante e fraca, Cairia mil vezes por dia.
Se apenas um dos santos de Deus pudesse perecer, então todos poderiam perecer; se um daqueles que fazem parte da aliança pudesse se perder, então todos poderiam se perder. Dessa forma não haveria nenhuma promessa verdadeira no evangelho, a Bíblia seria uma mentira e não haveria nada nela digno da minha aceitação. Eu me tornaria um infiel imediatamente, se pudesse crer que um santo de Deus pode vir a se perder no final. Se Deus me amou uma vez, Ele me amará para sempre.
Se Jesus uma vez me fez Seu, Então para sempre Jesus é meu.
Os objetos do amor perpétuo nunca mudam. Aqueles que
Deus chamou, Ele justificará; aqueles que Ele justificou, Ele santificará; e aqueles que Ele santificou, Ele glorificará (Rom. 8:30).
Algumas Provas
1.Tendo levado algum tempo nessa grande porção, talvez, apenas para ampliar essa verdade de um Deus imutável, eu tentarei provar agora que Ele é imutável. Não sou um regador contencioso, mas um argumento que mencionarei é este: a própria existência e o ser de um Deus, parece-me implicar em imutabilidade. Deixem-me refletir por um momento. Existe um Deus; este Deus rege e governa todas as coisas; este Deus formou o mundo: Ele o sustenta e o mantém. Que tipo de ser é Ele? Parece –me impossível conceber um Deus mutável.
Entendo que esse pensamento é repugnante para o senso comum, que se por um momento pensarmos num Deus variável, as palavras parecem contraditórias e talvez nos obriguem a dizer: "Então Ele deve ser um tipo de homem" e assim adquirimos uma falsa idéia de quem é Deus. Creio ser impossível conceber um Deus variável; é assim para mim. Outros podem ser capazes de ter uma idéia como essa, mas eu não posso considerar isso. Não posso imaginar um Deus variável mais do que posso imaginar um quadrado redondo. Essa idéia me parece tão absurda, que estou obrigado, quando falo em Deus, a incluir a idéia de um Ser imutável.
2.Bem, penso que esse argumento será suficiente, porém outro argumento bom pode ser achado no fato da perfeição de Deus. Creio que Deus é um Ser perfeito. Ora, se Ele é perfeito, Ele não pode mudar. Vocês não vêem isso? Suponha que eu seja perfeito hoje; se fosse possível eu mudar, seria eu mais perfeito amanhã depois de alguma mudança? Se eu mudasse, eu teria que mudar de um estado bom para um melhor - e assim, se eu pudesse melhorar, não seria perfeito agora - ou mudar de um estado bom para um estado mal - e se eu ficasse pior, então não seria perfeito. Se eu sou perfeito, não posso sofrer mudança sem tornar-me imperfeito. Se eu sou perfeito hoje, tenho que manter o mesmo estado amanhã para que continue perfeito. Assim, se Deus é perfeito, Ele deve ser o mesmo sempre; pois qualquer mudança implicaria em imperfeição agora, ou imperfeição no futuro.
3. Novamente, há o fato da infinidade de Deus, a qual elimina a possibilidade de mudança. Deus é infinito. O que significa isso? Não há ninguém que possa dizer o que significa uma pessoa ser infinita. Mas não pode haver duas infinidades. Se uma coisa é infinita, não existe lugar para qualquer outra coisa; pois infinito significa tudo. Significa sem limite, não finito, não tendo fim. Bem, não pode haver duas infinidades. Se Deus é infinito hoje, e pudesse mudar e ser infinito amanhã, haveria duas infinidades. Contudo, isso não pode ser. Suponha que Ele seja infinito e então mude, Ele Se tornaria finito e não poderia ser Deus; ou Ele é finito hoje e finito amanhã, ou infinito hoje e finito amanhã, ou finito hoje e infinito amanhã - todas essas suposições são igualmente absurdas. O fato dEle ser infinito de imediato esmaga o pensamento que Ele possa ser mutável. A infinidade tem escrito na Sua testa a palavra "imutabilidade".
4. Entretanto, queridos amigos, olhemos para o passado e lá juntaremos algumas provas da natureza da imutabilidade de Deus. "Ele falou que faria e não fez? Ele jurou e isso não vai acontecer?" Porventura não pode ser dito de Jeová que "fará toda sua vontade e estabelecerá o seu propósito"? Voltem-se para a Filístia e pergunte onde ela está. Deus disse: "Grite Asdode e os portões de Gaza, pois serão destruídos"; e onde estão eles? Onde está Edom? Pergunte a Pátara e suas paredes arruinadas. Será que elas não ecoarão a verdade que Deus disse: "Edom será uma presa e será destruída"? Onde está Babel e onde está Nínive? Onde estão Moabe e Amon? Onde estão as nações que Deus disse que destruiria? Acaso Ele não os desarraigou e os expulsou da face da terra? E Deus lançou fora Seu povo? Não estaria Ele atento para Suas promessas? Teria Ele quebrado Seu juramento e aliança ou abandonado o Seu plano? Não! Indiquem um momento da história em que Deus mudou! Vocês não podem, senhores; pois ao longo de toda a história existe o fato de que Deus foi imutável em Seus propósitos. As vezes ouço alguém dizer: "eu posso me lembrar de uma passagem nas Escrituras onde Deus mudou"! E assim pensei eu, no passado. O caso que eu quero mencionar é o da morte de Ezequias. Isaías veio e disse: "Ezequias, você vai morrer, sua doença é incurável, ponha sua casa em ordem". Ele se virou para a parede e começou a orar; e antes que Isaías saísse fora do palácio, foi-lhe ordenado que voltasse e dissesse: "Você ainda viverá mais quinze anos". Vocês podem pensar que isso prova que Deus muda; mas realmente eu não posso ver nisso a menor prova possível. Acaso vocês acham que Deus não sabia que isso aconteceria? Ora, Deus sabia disso; Ele sabia que Ezequias viveria. Então Ele não mudou, pois se Ele sabia disso, como poderia mudar? Isso é o que eu quero saber. Entretanto, vocês sabem de uma coisa? - que Manasses, filho de Ezequias, até aquele momento ainda não havia nascido e que se Ezequias tivesse morrido, não haveria nenhum Manasses, nenhum Josias e nenhum Cristo, porque Jesus veio ao mundo dessa genealogia. Vocês verão que Manasses tinha doze anos quando seu pai morreu; de forma que ele nasceu três anos depois disso acontecer. E vocês não crêem que Deus decretou o nascimento de Manasses e o pré-conheceu? Certamente. Então Ele decretou que Isaías deveria ir e dizer a Ezequias que a doença dele era incurável e também dizer ao mesmo instante, "mas Eu te curarei e ficarás vivo". Deus agiu dessa maneira para incitar Ezequias à oração. Ele falou, em primeiro lugar como um homem. "De acordo com toda a probabilidade humana sua doença é incurável e você vai morrer." Então Ele esperou até que Ezequias orasse; então, veio um pequeno "mas" ao término da frase. Isaías não tinha terminado a frase. Ele disse, "você tem que pôr sua casa em ordem pois não há nenhuma cura humana; mas (e então ele caminhou para fora. Ezequias orou por um instante e então ele (Isaías) entrou novamente, e disse) "eu te curarei". Onde consta aí qualquer contradição, exceto no cérebro daqueles que lutam contra o Senhor e desejam fazer dEle um ser mutável?
I. Agora, em segundo lugar, deixem-me dizer uma palavra sobre AS PESSOAS PARA AS QUAIS ESTE DEUS IMUTÁVEL É UM BENEFÍCIO. "Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos." Pergunto: quem são "os filhos de Jacó", que podem regozijar-- se perante um Deus imutável? 1. Primeiro, eles são os filhos da eleição de Deus; porque está escrito, "Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú e ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal" (Rom. 9:1). Estava escrito: "o mais velho será servo do mais moço". Os filhos de Jacó
São os filhos da eleição de Deus Aqueles que crêem pela graça soberana Seja o destino deles eterno Pela graça e glória que recebem.
Os eleitos de Deus são representados aqui pelos "filhos de Jacó" - aqueles que Ele pré--conheceu e pré-ordenou para a salvação eterna.
2. Pela expressão "filhos de Jacó" entenda--se, em segundo lugar, pessoas que desfrutam direitos e títulos peculiares. Jacó, vocês sabem, não teve direitos de nascença, porém logo os adquiriu. Ele deu ao seu irmão Esaú um prato de lentilhas e assim ganhou o direito da primogenitura. Eu não justifico os meios; mas ele também obteve a bênção e adquiriu direitos peculiares. Por "filhos de Jacó" aqui, entenda-se as pessoas que têm direitos e títulos peculiares. Aqueles que crêem, Ele dá o direito e poder para se tornarem filhos de Deus. Eles têm interesse no sangue de Cristo; eles têm direito para "entrar pelos portões da cidade"; eles são intitulados a honras eternas; eles têm uma promessa de glória eterna; eles têm direito de chamar-se os filhos de Deus. Oh, há direitos peculiares e privilégios que pertencem aos "filhos de Jacó". 3.Em seguida, vemos que estes "filhos de Jacó" eram homens de manifestações peculiares. Jacó teve manifestações peculiares do seu Deus e assim ele foi altamente honrado. Uma vez à noite, ele se deitou e dormiu; ele teve as sebes do campo por cortinas, o céu por teto, uma pedra foi seu travesseiro e a terra sua cama. Então ele teve uma manifestação peculiar. Havia uma escada e ele viu os anjos de Deus subindo e descendo. Ele teve uma manifestação de Cristo Jesus assim, como a escada que vai da terra ao céu, de cima a baixo na qual os anjos vieram nos trazer misericórdias. Assim, tal como a manifestação que teve em Manaim, quando os anjos de Deus o encontraram; e novamente em Peniel, quando ele lutou com Deus, e O viu face a face. Essas eram manifestações peculiares e esta passagem se refere àqueles que, como Jacó, tiveram manifestações peculiares. Ora, quantos de vocês já tiveram manifestações pessoais? "Oh", vocês dirão, "isso é entusiasmo, isso é fanatismo." Bem, isso é um entusiasmo abençoado, também, pois os filhos de Jacó têm tido manifestações peculiares. Os "filhos de Jacó" têm falado com Deus como um homem falaria com seu amigo.
4.Novamente, eles são pessoas de provações especiais. Ah, pobre Jacó! Eu não teria escolhido o quinhão de Jacó se não tivesse a esperança de receber a bênção que ele recebeu, pois difícil foi o quinhão dele. Ele teve que sair da casa de seu pai e ir para a de Labão; e então o velho trapaceiro Labão o enganou todos os anos em que Jacó ficou lá - enganouo quanto a sua esposa, quanto aos seus salários, quanto aos seus rebanhos e enganou-o o tempo todo. Mais tarde teve que fugir para longe de Labão que o seguiu e o alcançou. Depois disso, Esaú chegou com quatrocentos homens para amedrontá-lo. Então, houve um tempo de oração, e depois que lutou, Jacó teve que passar o resto da vida com a coxa deslocada. Contudo, um pouco mais adiante, Raquel, sua amada esposa, morreu. Então, sua filha Diná foi estuprada e seus filhos assassinaram os siquemitas.
Depois dessas coisas, o querido José foi vendido e levado ao Egito e sobreveio uma fome muito grande. Então Rúben subiu na sua (Jacó) cama e a profanou; Judá comete incesto com sua própria nora e todos seus filhos se transformam num aborrecimento para ele. No final Benjamim foi levado embora e o velho Jacó, muito triste, chorou, "José já não existe, Simeão não está aqui, e agora levareis a Benjamim!" (Gên. 42:36). Nunca um homem foi mais provado do que Jacó e tudo por causa do pecado de enganar seu irmão. Por toda a sua vida Deus o corrigiu. Mas acredito que há muitos que podem simpatizar-se com o velho Jacó. Eles tiveram que atravessar provas tais quais as dele. Bem - carregadores de cruz! - Deus diz "eu não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos". Pobres almas provadas! Não são consumidas por causa da natureza inalterável de seu Deus. Meus ouvintes, não fiquem preocupados, dizendo penalizados: "eu sou um homem que tem visto aflição". Pois o "homem de dores" foi afligido mais que vocês; Jesus realmente era um sofredor. Vocês só vêem as orlas do vestuário da aflição. Vocês nunca foram provados como Ele. Não entendem o que significa ter problemas; vocês não sabem o que é beber do cálice da provação; só tomaram uma ou duas gotas, mas Jesus bebeu até mesmo as borras do cálice. Não temam, diz Deus: "eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, filhos de Jacó", pessoas de provações aflitivas, "não sois consumidos".
5. Mais um pensamento sobre quem são os "filhos de
Jacó", pois eu gostaria que descobrissem se vocês mesmos são "filhos de Jacó". Eles são pessoas de caráter peculiar; pois ainda que existam algumas coisas sobre o caráter de Jacó que não podemos recomendar, há certas coisas que Deus recomenda. Havia a fé de Jacó, pela qual teve seu nome escrito entre os heróis da fé, que não obtiveram as promessas na terra, mas certamente as obterão no céu. Amados, vocês seriam pessoas de fé? Vocês sabem o que é caminhar por fé, viver por fé, adquirir sua comida temporária por fé, viver do maná espiritual - tudo pela fé? Seria a fé a regra de sua vida? Nesse caso, vocês são os "filhos de Jacó".
Jacó era um homem de oração - um homem que lutou, gemeu e suplicou. Pode haver alguma pessoa por aí que ainda não orou nesta manhã antes de ter entrado na casa de Deus. Ah, pobre incrédulo, você não ora? "Não", diz ele, "eu nunca pensei em tal coisa; não oro faz muitos anos." Bem, espero que você possa fazer isso antes de morrer. Viva e morra sem oração e você terá muito tempo para orar quando estiver no inferno. Há uma mulher: ela não orou nesta manhã; ela estava tão ocupada enviando seus filhos para a escola dominical que não tinha tempo para orar. Sem tempo para orar? Teve tempo para se vestir? "Há tempo para todo propósito debaixo do céu..." (Ecl. 3:1) e se você tivesse desejado orar, teria orado. Os filhos de Deus não podem viver sem oração. Eles são os "Jacós" lutadores. São homens em quem o Espírito Santo opera de tal maneira que eles não podem viver sem oração mais do que eu posso viver sem respirar. Eles têm que orar. Senhores, se vocês estão vivendo sem oração, estão vivendo sem Cristo; e morrendo nessa condição, sua porção será o lago que arde com fogo. Que Deus os redima, que Deus os salve disso! Mas vocês, que são "os filhos de Jacó", animem-se, pois Deus é imutável.
I. Em terceiro lugar - e posso dizer apenas umas palavras a respeito deste último tópico -0 BENEFÍCIO QUE ESSES "FILHOS DE JACÓ" RECEBEM DE UM DEUS IMUTÁVEL. "Por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos." "Consumidos"? Como? Como podem os homens ser consumidos? Há duas maneiras. Poderíamos ter sido consumidos no inferno. Se Deus fosse um Deus mutável, os "filhos de Jacó" que estão aqui nesta manhã, poderiam ter sido consumidos no inferno. Se não fosse o imutável amor de Deus eu teria sido como feixe de lenha no fogo. Contudo, há um modo de ser consumido neste mundo; há a possibilidade de ser condenado mesmo antes de morrer - "já está condenado", é possível estar vivo e ao mesmo tempo estar completamente morto. Poderíamos ter ficado com nossos próprios planos e, daí, onde estaríamos agora? Divertindo-se como bêbedo, blasfemando contra o Deus todo-poderoso. Se Ele o tivesse deixado, meu amado, se Ele tivesse sido um Deus mutável, você seria o mais imundo dos imundos e o mais vil do vis. Acaso vocês não se lembram de situações nas suas próprias vidas semelhantes a essas que eu senti? Eu fui direto para o ápice do pecado; algumas fortes tentações amarraram meus braços, de forma que não pude lutar com elas. Fui empurrado e arrastado como que por um terrível poder satânico para a beirada de um precipício terrível. Olhei para baixo, até às profundezas do abismo, e vi meu destino; eu tremi na beira da ruína. Eu estava horrorizado, como que com meu cabelo em pé, pensei no pecado que eu estava a ponto de cometer, na cova horrível na qual estava prestes a cair. Um braço forte me salvou. Eu dei meia volta e clamei: ó Deus, será que fui para tão próximo do pecado e ainda assim voltei? Poderia ter caminhado diretamente para o fogo e não ter caído, como os homens fortes de Nabucodonosor, devorados pelo próprio fogo? Oh, é possível eu estar aqui nesta manhã, quando penso nos pecados que cometi e nos crimes que cruzaram meus maus pensamentos? Sim, estou aqui, não consumido, porque o Senhor não muda. Oh, se Ele tivesse mudado, seríamos consumidos de uma dúzia de formas diferentes; se o Senhor tivesse mudado, vocês e eu deveríamos ter sido consumidos por nós mesmos; pois, afinal de contas, o "senhor eu" é o pior inimigo que um cristão pode ter. Teríamos sido assassinos de nossas próprias almas; teríamos preparado o copo de veneno para os nossos próprios espíritos, se o Senhor não tivesse sido um Deus imutável e tirado o copo das nossas mãos quando estávamos a ponto de bebê-lo. Então o próprio Deus deveria ter nos consumido se Ele não tivesse sido um deus imutável. Chamamos Deus de "Pai"; mas não há um pai neste mundo que não teria matado todos os seus filhos há muito tempo, caso fosse provocado por eles, ou se tivesse tido metade dos problemas que Deus teve com Seu povo. Ele tem a família mais problemática de todo o mundo incrédula, ingrata, desobediente, esquecida, rebelde, desviada, murmurante e endurecida. Bem, é por que Ele é paciente; senão já teria não só usado a vara, como também a espada contra vários de nós há muito tempo. Devido não haver nenhuma razão para que merecêssemos amor, muito menos existe razão agora.
John Newton contava uma história engraçada e ria disso também, de uma boa senhora que disse a respeito da doutrina da eleição: "Ah senhor, o Senhor deve ter me amado antes que eu nascesse, ou então Ele não teria visto nada em mim para amar depois". Estou certo que isso é verdade em meu caso e também com respeito à maioria dos filhos de Deus; pois existe muito pouco para amar neles depois de nascerem, que, se Ele não os tivesse amado antes disso, Ele não teria visto razão nenhuma para escolhê-los depois; porém, desde que Ele os amou sem terem feito nada, Ele ainda continua amando-os sem obras; desde que suas boas obras não Lhe despertaram a afeição, obras más não podem apagar esse afeto; desde que a retidão deles não ligou o amor dEle a eles, assim a maldade deles não poderá romper os vínculos dourados. Ele os amou segundo Sua graça soberana e ainda os amará. Todavia deveríamos ter sido consumidos pelo diabo e por nossos inimigos - consumidos pelo mundo, por nossos pecados, por nossas tentações e por outras centenas de modos diferentes, se Deus alguma vez tivesse mudado.
Bem, agora o tempo nos é insuficiente e não posso dizer muito mais. Eu abordei este texto apenas superficialmente. Entrego-o agora a vocês. Que o Senhor possa ajudá-los, "os filhos de Jacó", a levarem para casa esta porção de alimento; digiram-na bem e alimentem-se dela. Que o Espírito Santo aplique docemente essas coisas gloriosas que estão escritas aqui! E que vocês possam ter "um banquete de coisas saborosas e de vinhos bem refinados"! Lembrem-se que Deus é o mesmo, não importa o que aconteça. Seus amigos podem ser infiéis, seus pastores podem ser levados embora, tudo pode mudar, mas com Deus isso não acontece. Seus irmãos podem mudar e podem lançar seu nome na lama, porém Deus ainda amará vocês. O quinhão de vocês na vida pode mudar e suas propriedades podem ser perdidas; suas vidas podem ser abaladas e vocês podem ficar fracos e doentes; tudo pode desvanecer - existe um lugar onde as mudanças não podem colocar suas mãos; existe um nome no qual a mutabilidade não estará presente; existe um coração que nunca mudará; é o coração de Deus - esse nome é Amor.
Confiem nEle, Ele nunca lhes enganará. Ainda que seja difícil acreditarem nEle, Ele nunca, nunca lhes deixará, Nem permitirá que se afastem dEle.


Verdade Absoluta

Pergunta: "Existe algo como a verdade absoluta/verdade universal?"

Resposta: Para entender se existe algo como verdade absoluta/verdade universal, vamos primeiro definir o que é a verdade. A verdade é definida pelo dicionário como “conformidade a um fato ou realidade; uma declaração provada como ou aceita como verdadeira; realidade”. Algumas pessoas diriam hoje em dia que não há uma verdadeira realidade, apenas percepções e opiniões. Por outro lado, outros argumentariam que deve haver uma realidade ou verdade absoluta. Portanto, ao considerarmos a questão quanto a haver ou não algo como a verdade absoluta, nós vemos dois pontos de vista exatamente opostos.

Um ponto de vista diz que não existem absolutos que definam a realidade. Aqueles que têm tal posição acreditam que tudo é relativo, e que, portanto não há uma realidade verdadeira. Por causa disso, não há nenhuma autoridade para decidir se uma ação é positiva ou negativa, certa ou errada. Este ponto de vista é simplesmente a “ética situacional” na sua forma mais ampla. Não há certo ou errado, portanto o que quer que pareça certo em certo momento, certo será. É claro que este tipo de “ética situacional” leva a uma mentalidade e um estilo de vida do tipo “vamos fazer tudo o que parece bom”, que tem um efeito devastador na sociedade e nos indivíduos.

O outro ponto de vista acredita que existem realidades absolutas ou padrões que definem o que é verdadeiro e o que não é. Portanto, ações podem ser julgadas certas ou erradas de acordo com a sua medida em relação a esses padrões absolutos. Você pode imaginar o caos que seria se não houvesse absolutos, se não houvesse realidade? Tome a lei da gravidade como exemplo. Se ela não fosse um absoluto, em um momento você daria um passo para frente e poderia acabar a muitos quilômetros do chão, e no instante seguinte você talvez não conseguisse mover o seu corpo de jeito nenhum. Ou pense na confusão que seria se os números não mais tivessem valores absolutos. Por exemplo, 2 +2 não seria mais igual a 4. Se não houvesse verdades absolutas, o mundo estaria em caos. Não haveria leis da ciência, leis da física, tudo seria sem sentido e não existiriam padrões de medida, nem certo e errado. Que confusão isso seria, mas ainda bem que a verdade absoluta existe, e ela pode ser encontrada e entendida.

O próprio pensamento de alguém alegar que não existe verdade absoluta é totalmente ilógico. Mesmo assim, diversas pessoas hoje em dia estão abraçando um relativismo cultural que no seu cerne nega qualquer tipo de verdade absoluta. Uma boa pergunta para as pessoas que dizem “não existe verdade absoluta” é: “Você está absolutamente certo disso?” É totalmente ilógico fazer tal alegação, pois é uma alegação absoluta que em si própria nega qualquer absoluto. Ela está, em essência, dizendo que o próprio fato de não haver verdade absoluta é a única verdade absoluta.

Há diversos problemas lógicos que se deve superar para aceitar ou acreditar que não existem verdades absolutas/verdades universais. O primeiro problema é o da autocontradição. Isto pode ser visto na questão exposta acima e no fato de que aqueles que insistem que não existem absolutos estão na verdade acreditando em um absoluto. Eles estão absolutamente certos de que não existe nada absoluto. Este tipo de filosofia é tanto autoderrotista quanto autocontraditória. A afirmação de que não existem absolutos está em si própria contradizendo o que eles dizem acreditar!

O segundo problema com a negação da verdade absoluta/verdade universal é o fato de que todos os seres humanos possuem conhecimento limitado. Como seres humanos com uma mente limitada e finita, nós não podemos logicamente fazer declarações negativas absolutas. Por exemplo, uma pessoa não pode dizer logicamente “Não há Deus” (apesar de muitos o fazerem), porque para dizer isso ela deveria ter conhecimento absoluto sobre o universo inteiro do início ao fim. Quando as pessoas dizem não haver Deus ou não haver verdade absoluta (o que em essência é realmente a mesma coisa), o máximo que elas podem dizer racional e logicamente é “Com o conhecimento limitado que eu tenho, eu não acredito que exista um Deus”, ou “Com o conhecimento limitado que eu tenho, eu não acredito que exista qualquer coisa que seja absolutamente verdadeira”.

O terceiro problema com a negação da verdade absoluta/verdade universal é o fato de que ela falha ao se associar com o que nós sabemos ser verdadeiro nas nossas próprias consciências, nossas próprias experiências, e com o que nós vemos no “mundo real”. Se não existe tal coisa como a verdade absoluta, então não existe nada certo ou errado sobre qualquer coisa. O que pode ser “certo para você” pode não ser “certo para mim”. Apesar de superficialmente esse tipo de relativismo parecer muito apelativo, se ele for levado à sua conclusão lógica, ele logo se prova desastroso. Considere apenas por um momento se realmente não houvesse verdade absoluta e se tudo fosse realmente relativo (sem padrões de qualquer tipo). Em essência, o que aconteceria é que todo mundo estabeleceria as suas próprias regras segundo as quais viver e faria o que achasse certo. Isso causa problemas, pois o conceito de certo de uma pessoa logo entraria em conflito com o de outra. Por exemplo, e se fosse “certo para mim” ignorar os semáforos no trânsito, mesmo quando eles estão vermelhos? Dessa forma eu estaria pondo a vida de outros em risco. Ou então, eu poderia pensar que é certo roubar de você, mas você pensaria que não é certo. Da mesma forma, uma pessoa poderia decidir que matar outras pessoas é certo e portanto ela poderia tentar matar todo mundo que estivesse à vista.

Se não existem padrões absolutos, verdades absolutas e se todas as coisas fossem relativas, então matar todo mundo é tão certo quanto não matar ninguém. Roubar é tão certo quanto não roubar. Crueldade é igual à não-crueldade. Note a que resultados desastrosos a negação da verdade absoluta pode levar. Afinal, se não existe algo como a verdade absoluta, então ninguém pode dizer “você deveria fazer isso” ou “você não deveria fazer aquilo”. Se não existe verdade absoluta, então nem o governo poderia impor regras para a sociedade. Você pode ver o problema que isso causa? Caos total, pois cada um faz o que é certo do seu ponto de vista. Se não existe verdade absoluta, nenhum padrão de certo ou errado ao qual todos estamos sujeitos, então nós nunca podemos ter certeza de nada. As pessoas seriam livres para fazer o que quisessem – assassinar, estuprar, mentir, trapacear, etc. e ninguém poderia dizer que tais coisas são erradas. Não haveria governo, nem leis, nem justiça, porque ninguém poderia dizer que a maioria das pessoas tem o direito de definir e impor padrões sobre a minoria. Um mundo sem absolutos seria o mais horrível mundo imaginável.

Hoje em dia nós frequentemente ouvimos frases como “isso pode ser verdade para você, mas não é verdade para mim”. Para aqueles que acreditam que não exista uma verdade absoluta, a verdade é vista como nada mais do que uma preferência ou percepção pessoal e que, portanto, não pode se estender além dos limites pessoais. Por causa disso, não existem respostas finais para o sentido da vida e não poderia haver esperança de qualquer tipo de vida após a morte. Esse tipo de relativismo resulta em confusão religiosa porque não pode haver religião verdadeira, nem um único caminho para se ter um relacionamento correto com Deus. Todas as religiões seriam, portanto, falsas, porque todas elas afirmam ensinar ou acreditar em algum tipo de vida após a morte, algum tipo de verdade absoluta. Esta é a causa de não ser incomum hoje em dia as pessoas acreditarem que duas religiões totalmente opostas possam ser igualmente “verdadeiras”, apesar de as duas afirmarem ter um único caminho para o céu ou ensinarem duas “verdades” totalmente opostas. As pessoas que não acreditam na verdade absoluta ignoram essas afirmações e abraçam um universalismo mais tolerante, o qual ensina que todas as religiões são iguais e que todas elas levam ao céu. Essa também é a razão por que as pessoas que abraçam essa visão de mundo irão se opor veementemente aos cristãos evangélicos que acreditam na Bíblia quando ela diz que Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida” e que Ele é a manifestação final da verdade e o único caminho através do qual alguém pode chegar ao céu (João 14:6).

Porém, apesar do fato de que negar a verdade absoluta é tanto ilógico quanto irracional, a visão de que “tudo é relativo” se tornou um dos slogans da geração na qual vivemos. Em grande parte do mundo ocidental, multidões rejeitaram a possibilidade de que algo como a verdade absoluta possa existir. Isso resultou no que muitos se referem como uma sociedade pós-moderna, que é uma sociedade que considera todos os valores, crenças, estilos de vida e afirmações da verdade como válidos. Por causa disso, aqueles que se associam a padrões absolutos de certo ou errado são considerados intolerantes e são rotineiramente condenados, provocados e criticados.

De fato, a tolerância se tornou a grande virtude da sociedade, o único absoluto e, portanto, só pode haver um mal, o da intolerância. Em outras palavras, o que aconteceu foi que qualquer sistema religioso ou indivíduo que acredite dogmaticamente em alguma coisa – especialmente em uma verdade absoluta – se torna culpado de intolerância, e a única coisa que uma sociedade politicamente correta e relativa não irá aceitar são aqueles que acreditam em absolutos. Aqueles que negam a verdade absoluta normalmente irão dizer que não há problema em você acreditar no que quiser, contanto que não tente impor as suas crenças para os outros. Entretanto, essa visão em si própria é uma crença no que é certo e errado e aqueles que seguem essa visão irão definitivamente tentar impô-la aos outros, sendo, portanto, hipócritas. Eles definem um padrão de comportamento que querem que os outros sigam – violando assim aquilo que fingem defender.

A pergunta que não quer calar é: por que aqueles que promovem a tolerância são tão intolerantes com as pessoas que acreditam na verdade absoluta? E por que as pessoas estão tão dispostas a abraçar um sistema de crenças que ameaça destruir a própria estrutura da sociedade e é no seu cerne tanto irracional quanto ilógico? A simples razão é que as pessoas não querem ser responsáveis pelas suas ações. Se existe verdade absoluta, então existem padrões absolutos de certo e errado, e nós estamos sujeitos a esses padrões. Essa responsabilidade é o que as pessoas estão realmente tentando negar na sua rejeição da verdade absoluta.

A negação da verdade absoluta/verdade universal e do relativismo cultural que dela surge é simplesmente o resultado lógico de uma sociedade que abraçou a teoria da evolução como a explicação para a vida. Se a evolução for verdade, então a vida não tem sentido, nós não temos propósito, e não pode haver nenhum certo ou errado absoluto. O homem é livre para viver a vida como lhe agrada e não é responsável por nenhuma das suas ações. Mesmo assim, não importa o quanto os homens pecadores tentem negar a existência de Deus e da Sua verdade absoluta, eles ainda terão que um dia estar diante Dele em julgamento. A Bíblia declara: “O que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidas por meios das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:19-22).

A última pergunta que nós devemos fazer quando consideramos se a verdade absoluta existe ou não é: existe alguma evidência da existência da verdade absoluta? Se alguém cautelosamente considerar essa questão, logo se torna evidente que existem mesmo evidências que apontam para a existência da verdade absoluta. A primeira evidência para a existência da verdade absoluta é vista na nossa consciência. A nossa consciência nos diz que o mundo deveria ser de “certa forma”, que algumas coisas são “certas” e algumas são “erradas”. Ela nos ajuda a entender que há algo errado com o sofrimento, a fome, o estupro, a dor e o mal. Ela nos diz que o amor, a generosidade, a compaixão e a paz são coisas positivas pelas quais deveríamos nos esforçar. A Bíblia descreve o papel da consciência humana em Romanos 2:14-16: “Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho”.

A segunda evidência da existência da verdade absoluta é vista na ciência. A ciência é simplesmente uma busca pelo conhecimento. É o estudo do que nós sabemos e uma jornada para saber mais. Portanto, todo estudo científico deve por necessidade ser fundamentado sobre a crença de que existem realidades objetivas no mundo. Sem absolutos, o que sobraria para ser estudado cientificamente? Como alguém saberia se as suas descobertas são reais? Na verdade, as próprias leis da ciência devem ser fundamentadas na certeza da verdade absoluta.

Por sí só dizer verdade absoluta seria redundância para quem conhece a Verdade que é Cristo
porque a verdade é simplesmente a verdade assim como não existe morte eterna,apenas morte 
Você não precisa percorrer todos os caminhos para chegar em certo destino,basta percorrer apenas um o mais curto com menos sofrimento e acidente ( João 14-6)
Em uma corrida com dez corredores apenas um se consagra campeão e sobe no "Podium" em primeiro( 1Coríntios 9,24-25)

Quem faz hora para os homens


Templo do Espírito Santo é o corpo

E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Yaohushua.
Com leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis,
Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?
Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um?
Eu plantei, Apolo regou; mas Yaohuh deu o crescimento.
Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Yaohuh, que dá o crescimento.
Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.
Porque nós somos cooperadores de Yaohuh; vós sois lavoura de Yaohuh e edifício de Yaohuh.
Segundo a graça de Yaohuh que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Yaohushua.
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.
Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.
Não sabeis vós que sois o templo de Yaohuh e que o Espírito de Yaohuh habita em vós?
Se alguém destruir o templo de Yaohuh, Yaohuh o destruirá; porque o templo de Yaohuh, que sois vós, é santo.
Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.
Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Yaohuh; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.
E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.
Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso;
Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso,
E vós de Yaohushua, e Yaohushua de Yaohuh.
1 Coríntios 3:1-23

Palavra


Quem é Deus?

Quem é Deus? O que é Deus? Como podemos conhecê-lo?"

Ele é o todo,(Isaías 66:1,Romanos 33-36,Salmos 147:5,Jó 5-18,Isaías 44-6,Jó 5-18)
Tudo em um e um em tudo,Infinito,está em todas as coisas,(Jó 38,39,40,41,Romanos 1:20)
Presente,Passado,Futuro,(Êxodo 3-14,Provérbios 16-4,Apocalipse 1-8)
Perfeito,Imutável (Tiago 1-17,Jó 11-7,2Timóteo 2-13,Malaquias 3-6)
Eterno,Todo Poderoso (Isaías 57-15, 1Timóteo 6-16,Jó 21-15,Apocalipse 16-7)
Conhecemos Ele mesmo através da Bíblia(Palavra)
Por isso devemos meditar Nela dia e noite,(Salmos 1-2,Josué 1-8).Como a mulher dos nossos sonhos,(Jeremias 2-32)

Quem criou Deus?

Pergunta: "Quem criou Deus? De onde veio Deus?"

Resposta: O ateísta Bertrand Russel escreveu em seu livro “Por que não sou um Cristão” que, se é verdade que todas as coisas precisam de uma causa, então Deus também precisa de uma causa. A partir daí ele concluiu que se Deus precisava de uma causa, então Deus não era Deus (e se Deus não é Deus, então, logicamente, não há Deus). Esta foi simplesmente uma forma um pouco mais sofisticada da pergunta infantil: “Quem criou Deus?” Até uma criança sabe que as coisas não surgem do nada, então se Deus é uma “coisa”, então Ele deve também deve ter uma causa, certo?

A pergunta é ardilosa porque escorrega na falsa suposição de que Deus vem de algum lugar e depois pergunta que lugar seria este. A resposta é que nem a própria pergunta tem sentido. É como se perguntássemos: “Como é o cheiro do azul?” Azul não está na categoria de coisas que têm cheiro, então a pergunta é, em si, errônea. Da mesma forma, Deus não se encontra na categoria de coisas que são criadas ou que vêm a existir, ou são causadas. Deus é “não-causado” e “não-criado”: Ele simplesmente existe.

Como sabemos disso? Bem, sabemos que do nada, nada pode surgir. Então, se alguma vez já houve um tempo em que não existia absolutamente nada, então nada jamais viria a existir. Mas as coisas existem. Por isso, uma vez que nunca pode ter havido o nada absoluto, alguma coisa deve ter sempre existido. Esta coisa que sempre existiu (Isaías 57:15) é o que chamamos Deus. Salmo 90:1-2 diz: "Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus."

O Cientista e matemático Pascal também concluiu que é melhor você crer em Deus

Ex: A pessoa que não crê chega no final quando morre e não encontrou nada ela já estava no nada a vida inteira como diz a Palavra "já está morta"
A pessoa que crê, já vai com alguma coisa, se não tem nada no fim ,ela também não perdeu nada

Por isso quem crê em Cristo tem uma vantagem e essa vantagem é Deus (Vida Eterna, galardão)

Quem criou Deus?

Quem é Deus?

Quem é Deus? O que é Deus? Como podemos conhecê-lo?" Ele é o todo,(Isaías 66:1,Romanos 33-36,Salmos 147:5,Jó 5-18,Isaías 44-6,Jó 5...